De norte à sul, de leste a oeste - em todo o país - os associados ao Plano Geap Saúde estão realizando atos de protesto contra a decisão unilateral do Conselho Deliberativo da GEAP (Condel) que reajustou abusivamente os valores de contribuição, além de alterar toda uma estrutura que funcionava desde 1998, acabando com o caráter solidário do plano.
Em reunião realizada em Brasília-DF no dia 17 de março, as entidades nacionais de defesa dos trabalhadores CNTSS/CUT (representando os sindicatos dos trabalhadores federais da seguridade social), CONDSEF (sindicatos gerais de servidores federais), FENADADOS (sindicatos dos trabalhadores da DATAPREV) e a FASUBRA que representou os trabalhadores técnicos em educação das universidades brasileiras, cobraram além de explicações sobre os reajustes, ações imediatas para suspender esta decisão e abrir uma jornada de negociações com os trabalhadores em busca de soluções e saídas flexíveis para ambos os lados.
A Presidenta do Condel, Vilma Ramos, juntamente com a Diretora Executiva da GEAP, Regina Parisi, explicaram aos sindicalistas os argumentos técnicos que serviram de base para a decisão do conselho, alegando déficit permanente, inadimplência tanto dos usuários (mensalidades e co-participação em exames, consultas, etc.) quanto dos patrocinadores (Ministério da Saúde, INSS), e um valor de per capita muito baixo pago pelas patrocinadoras, etc.
Os trabalhadores não aceitam tais motivos como desculpa para o aumento, porquê:
1º - Um trabalhador que antes contribuía com 8% de seu salário com um teto máximo de R$ 400,00 com a resolução do Condel terá que pagar R$ 115,00 por dependente, que para muitos servidores que têm de 5 à 10 dependentes, o Plano custará mais de R$ 1.000,00 por mês, superando em muito a média de R$ 240,00 gastos antes do aumento;
2º - Nenhum trabalhador através de qualquer que seja sua entidade de representação foi informado sobre as discussões ou de qualquer intenção de reajuste do Plano GEAP Saúde, nem mesmo os Conselhos Estaduais tiveram acesso às discussões, o que pegou os trabalhadores de surpresa;
3º - A decisão do Condel da forma que está, causará incalculáveis danos aos trabalhadores, e contribuirá com o aumento significativo da inadimplência nas mensalidades e na co-participação, fazendo com que associados com 25 e até 35 anos de GEAP Saúde sejam obrigados a perder o plano;
4º - O caráter social do Plano GEAP Saúde finda, o que se torna contraditório para uma co-gestão sem fins lucrativos.
Fonte: Imprensa SINTEMA